Antonia Sales critica debates e defende liberdade de escolha

Em pronunciamento nesta quarta-feira, 24, na tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a deputada Antonia Sales (PMDB) disse que está sentindo-se mal com os rumos dos debates na Casa. Ela se solidarizou com o pastor José Augusto, espancado pelo vereador Alonso Andrade (PSDB), mas criticou os ataques feitos ao agressor.

“Pelas versões aqui colocadas, o pastor foi espancado e não concordo com nenhum tipo de violência, mas não vou formar opinião atacando o vereador, pois não o conheço e não ouvimos o lado dele. Cabe à Polícia e ao IML apurar os fatos e não a nós, deputados, julgarmos o caso”, argumentou.

A deputada disse que há outras formas de violência nesta campanha eleitoral que também precisam ser observadas, como as calúnias, difamações, perseguições e constrangimentos. “É desta maneira que a gente utiliza a tribuna. Ouvi muitos discursos falando de fatos que aconteceram e que saem nos jornais sempre culpando o outro lado.O debate sobre a sucessão municipal está muito forte em nesta Casa. Cada um com sua opinião, afirmando que seu candidato é o melhor e que o outro é ruik", desabafou.

A parlamentar lembrou que o Brasil é um país de regime democrático, portanto todos têm direito a emitir opiniões, mas não podem obrigar aos outros que sigam seus pensamentos. “Os votos se conquistam, não se obrigam”, disse.

Ela também comentou o assalto à casa do secretário Municipal de Obras, Wolvenar Camargo, afirmando que este tipo de ocorrência é comum em Rio Branco, pois falta polícia nas ruas. Ela lembrou que fazem falta aquelas duplas de policiais que antigamente eram vistas nas esquinas ou nas viaturas fazendo rondas.

Antonia Sales concluiu seu discurso, aconselhando aos servidores a votarem de acordo com suas consciências e afirmou que existem policiais atuando como cabos eleitorais. “A Justiça tem que apurar”, recomendou.